O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. A data representa a luta histórica das mulheres para terem seus direitos equiparados aos dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial e de oportunidades, mas, atualmente, simboliza muito mais, principalmente a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade de gênero, mas também contra o machismo e a violência.
O “8 de março” está além de simples homenagens e congratulações, pois é um convite a uma reflexão sobre como a sociedade tem tratado as mulheres ao longo do tempo. Essa reflexão vale tanto para o campo do convívio afetivo, familiar e social quanto para as questões relacionadas ao mercado de trabalho e a representação feminina em nossas diferentes culturas.
ALGUNS DADOS IMPORTANTES
A presença das mulheres no mercado de trabalho ainda é menor do que a dos homens, uma vez que dados de 2018 apontam que, no mundo, apenas 48% das mulheres maiores de 15 anos estão empregadas – para os homens, esse número é de 75%.
Metade das mulheres que engravidam perdem seus empregos quando retornam da licença-maternidade e ainda, em pleno século XXI, existem aqueles que defendem que mulheres devem ganhar menos, simplesmente por poderem engravidar. Isso, inclusive, é uma realidade no Brasil, pois as mulheres recebem, em média, 20% menos que os homens.
Essas são algumas das estatísticas que demonstram como o preconceito prejudica as mulheres no mercado de trabalho. As mulheres, no entanto, não têm a sua vida prejudicada somente no mercado de trabalho, uma vez que a violência de gênero, o abandono que muitas sofrem de seu parceiro durante a gravidez e os assédios são realidades que muitas mulheres sofrem.
CONQUISTAS RECENTES
Há, no entanto, conquistas recentes também a serem celebradas e que simbolizam que a luta por equidade e o fim da violência contra as mulheres é dura, mas não impossível de ser vencida. Nos últimos anos, houve avanços especialmente no que se refere à liderança feminina:
– Kamala Harris se tornou a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiática-americana vice-presidente dos EUA em 2021.
– No mesmo ano, a Tanzânia empossou sua primeira presidente mulher, Samia Suluhu Hassan, enquanto Estônia, Suécia, Samoa e Tunísia tiveram primeiras-ministras mulheres pela primeira vez na história.
– Em janeiro de 2022, Xiomara Castro tomou posse como a primeira mulher presidente de Honduras.
– Em 2021, a Nova Zelândia aprovou licença remunerada para mulheres (e seus parceiros) que sofreram aborto espontâneo ou em caso de natimorto.
– Em 2020, o Sudão criminalizou a mutilação genital feminina.
– E não podemos deixar de falar no impacto da campanha #MeToo, denunciando experiências de assédio e agressão sexual. Começou em 2017, mas agora é um fenômeno global.
– Em janeiro de 2022, um professor universitário no Marrocos foi condenado a dois anos de prisão por comportamento indecente, assédio sexual e violência depois que estudantes universitárias quebraram o silêncio sobre os favores sexuais que ele havia exigido em troca de boas notas — uma série de escândalos deste tipo manchou a reputação das universidades marroquinas nos últimos anos.
CONSCIENTIZAÇÃO
O Dia Internacional da Mulher é um momento para conscientização sobre toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. É uma data para combater o silenciamento que existe e que normaliza os abusos sofridos, além de ser um período para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem preconceito de gênero.
Que todas as mulheres tenham a liberdade de realizar seus sonhos, fazer suas escolhas e ocupar seu lugar no mundo!
Afinal, lugar de mulher é onde ela quiser! 💜
INAS
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